22 agosto 2009

Igreja: um espaço do exercício Divino


“Não te faças negligente para com o dom que há em ti,..” (I Tm.4.14a)

Um dos grandes desafios da Igreja contemporânea, é vencer a parcialidade de seus membros com a obra do Senhor. Com isso, a busca por Deus tem sido apenas um ato de interesse próprio. Se resume apenas em um êxtase espiritual, onde, o que importa é receber bênçãos sem gerar compromisso com Deus. Na linguagem dos jovens, as pessoas só querem ficar com Deus!

Se não há compromisso com Deus, então, como desenvolver os dons que cada um recebeu do Pai? O Dicionário Aurélio, descreve dom como dádiva, presente, e não como algo que foi conquistado. O dom é visto na mesma perspectiva da graça, nos é dado mesmo não merecendo. Pois a vida eterna é um dom gratuito de Deus (Rm 6.23).

Cada um nasce com um talento, como explica o Aurério: Aptidão natural, Habilidade adquirida. Porém, o dom é dado mediante uma experiência com Deus, onde Ele ministra sua vontade sobre cada um, se manifestando atravéz do Espírito Santo que Habita em nós (I Co12.11).

E como a Igreja pode ser um espaço para o exercício Divino? No momento em que nos voltamos para o aperfeiçoamento do corpo de Cristo (Ef.4.7-12). Pois na Igreja desfrutamos de um espaço para o exercício da oração; da amizade; do companheirismo; e do perdão. Por certo, como todo espaço, ainda há muito que preencher, ou seja, passo-a-passo seguros que Cristo é a cabeça, buscando nos santificar cada dia mais.

Cabe a cada um de nós descobrirmos nosso próprio dom, que é um presente que Deus nos deu. Mas isso implica em ter compromisso com o Senhor e sua obra, pois a experiência precede o Dom. E trazer a memória que Jesus Cristo está à porta esperando ser convidado para entrar e celebrar a nova vida (Ap.3.20).

Em Cristo,
Pr. Billy Fádel

A Ponte

20 agosto 2009

Marolas Espirituais


“E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós.” I Coríntios 11.19 (RC)

Observa-se em cada marola espiritual pessoas, líderes e igrejas que passam a ter uma visão mais profunda do diabo e seu reino, do que de Deus e seu Reino. Assim passam a ver o demônio na cruz do altar, em fachadas de templos, cortinas, genuflexório e até em carpetes. E a ordem, sempre acompanhada de muito “afundamento” bíblico, é destruir o inimigo escondido nesses objetos e lugares.

Examinando os fatos e as pessoas que conheço envolvidas nessas marolas espirituais, vejo um superficialismo, uma mediocridade e uma falta de teologia da graça que constrange e incomoda. Muitos sobem na prancha do oportunimismo e do puxa-saquismo sem saber o tamanho da marola espiritual e sem medir um milímetro das conseqüências.

Como pastor Metodista causa-me preocupação quando vejo um presbítero em quem a Igreja investiu tanto em sua preparação, não saber pregar a palavra em condições básicas de homilética. E por não saber lança mão de frases prontas e frases de efeitos, todas aprendidas nas madrugadas com pregadores televisivos de duvidosas reputações.

Finalmente, aquieta-me sobremaneira, quando recordo que a nossa amada Igreja Metodista tem por tradição histórica a seu favor, a capacidade de enfrentar não só marolas espirituais, mas também tempestades de heresias. A Igreja Metodista é uma igreja de comunhão e convivência prezando seus princípios doutrinários firmados na Palavra de Deus. Por isso sigo alegre servindo ao nosso Senhor certo de que a Igreja é dEle...

Rev. Gilmar C. Rampinelli